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Imagens da exposição Aparição, na galeria Anita Schwartz

  • Foto do escritor: Pedro Varela
    Pedro Varela
  • há 12 minutos
  • 3 min de leitura

Olá pessoal! Seguem abaixo algumas imagens da exposição Aparição, na galeria Anita Schwartz, no Rio de Janeiro. A exposição fica em cartaz até o dia 22 de Novembro.


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Vista da exposição, Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.

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Arquipélago, papel cortado montado com alfinetes sobre a parede, 2025. Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.

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Detalhe da instalação Arquipélago, papel cortado montado com alfinetes sobre a parede, 2025. Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.

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Vista da exposição, Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.


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Vista da exposição, Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.


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Vista da exposição, Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.



APARIÇÃO – PEDRO VARELA

 

 

            Há ruído no silêncio. Você consegue ouvir? E as formas no vazio, consegue ver? Chega mais perto, observa. Nem tudo é preto no branco, ou branco no preto. Aqui, luz e sombra, claro e escuro, belo e caricato se alternam e se desafiam, em um tensionamento constante. Eis a atmosfera de Aparição, primeira exposição individual de Pedro Varela na Anita Schwartz Galeria de Arte.

Unindo o humor ácido de sua série de recortes e memes a uma releitura das pinturas de florestas psicodélicas tropicais, agora em paleta preta e branca, o artista apresenta um universo simbólico, íntimo e subjetivo, por meio do qual estabelece comunicação direta com a geração insônia, imersa em pensamentos incessantes e devorada pela ansiedade. Varela dialoga também com outros artistas, de diferentes áreas e gerações. É possível observar, no conjunto de obras apresentadas, referências diversas: o Rio de Janeiro noturno e melancólico de Oswaldo Goeldi; as variações tonais de Alfred Kubin; a flora psicodélica de Ernst Haeckel; as florestas tropicais de Albert Eckhout e Franz Post; assim como a importante influência de artistas contemporâneos, como Hernan Bas, María Berrío e Robin F. Williams.

Numa época de excessos, o visitante é surpreendido com um jogo mimético branco sobre branco no espaço central da galeria. Arquipélago, instalação inédita composta por papéis recortados e fixados com alfinetes, projeta sombras sobre a parede, criando um delicado antagonismo entre presença e ausência. São desenhos feitos com estilete, nos quais o gesto do corte substitui o traço, e o vazio se torna linguagem. Uma proposição de quietude, em contraposição ao turbilhão de estímulos da vida contemporânea.

As sutis interferências no branco da parede ecoam por toda a exposição. O contraste entre pretos e brancos aparece em diferentes escalas — nas superfícies recortadas, nas pinturas em que tinta preta e branca se alternam sem se misturar, e nos tons de cinza que habitam o espaço entre ambos.

            Florestas com ares de sonhos e contos de fadas são invadidas por formigueiros de palavras, que se dispersam sobre caules e plantas, evocando encontros efêmeros, desejo e perda. Flores se projetam em busca de sol, em pinturas com aspecto de trabalho em construção. Plantas incorporam o espírito humano, na procura por uma identidade tropical latino-americana, analogia à nossa natureza interior. Figuras fantasmagóricas provocam o espectador. Há ainda aparições inesperadas: pequenas figuras históricas que invadem a cena, captadas apenas pelo olhar mais atento - Tarsila do Amaral, Dom Pedro, caravelas portuguesas, pirâmides mesoamericanas.

            Numa outra vertente, aparições mais humanas e serenas surgem, personificando o ser por trás do turbilhão de pensamentos. Ora com o olhar absorto em reflexões existências, que fluem no entorno como um rio; ora de olhos fechados, como que em transe meditativo, mergulhado num vermelho-sangue de proposição ambígua: dar a ver a vitalidade que pulsa nas veias e o aspecto visceral,  quase gore, de uma subjetividade em crise. Inquietação pujante, num espaço em que o plácido e o perturbador coexistem.

           

 

Cecília Fortes

Curadora


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Vista da exposição, Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.


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Vista da exposição, Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.


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Vertido 2, acrílica sobre tela, 80 x 100 cm, 2025. Cortesia Anita Schwartz Galeria de Arte. Foto: Jaime Acioli.

A exposição fica em cartaz até o dia 22 de novembro. Para mais informações:


 
 
 

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