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LEILÃO BENEFICENTE MICHEL GROISMAN - 18 de Dezembro


Na próxima terça, dia 18 de dezembro, participo do Leilão beneficente para arrecadar fundos para o tratamento do artista Michel Groisman, que acontecerá às 19:00 horas no Salão nobre do Parque Lage. Participo junto com outros artistas que doaram obras para financiar seu tratamento nos Estados Unidos. Segue abaixo uma imagem da obra que doei e também mais informações sobre Michel e o evento. Para comprar as obras basta entrar no link abaixo: https://www.michelgroisman.com/leilao/

Sem título, acrílica sobre tela, 25 x 25 cm, 2018

LEILÃO BENEFICENTE MICHEL GROISMAN

Leilão beneficente Michel Groisman Terça. 18 de dezembro. 19:00 Salão Nobre

O artista Michel Groisman, consagrado nos últimos 20 anos por suas inusitadas performances de controle corporal com equipamentos agregados ao corpo, vem se deparando com a difícil condição de perder o controle sobre o próprio corpo. Ele, que já se apresentou em incontáveis centros culturais ao redor do mundo, se vê agora atrelado à execução de uma performance involuntária dentro do seu próprio cotidiano, a performance de simplesmente tentar levantar-se, andar, mover-se. Uma no-stop performance, na qual o artista precisa de todo seu esforço e concentração para se deslocar dentro de casa, e ir de um cômodo a outro. Um ensaio diário, circunscrito ao âmbito privado, do que pode vir a ser a sua última performance.

Nos últimos 6 anos Groisman vem perdendo o controle sobre o próprio corpo por causa de uma doença neurodegenerativa. Sensibilizados com a sua situação um grupo extenso de artistas estão doando obras para a realização de um leilão beneficente, o “LeilãoMichelGroisman”. O valor arrecadado será utilizado para custear o tratamento de Michel nos EUA, num hospital especializado.

O leilão vai acontecer dia 18 de dezembro, às 19h, no Salão Nobre da EAV Parque Lage, nesta incrível escola que já abrigou tantas vezes as performances do próprio artista, como Transferência, Criaturas, Órgão, Desmapas, Risco, etc. Em “Transferência” que teve sua estréia na EAV em 1999, o artista utilizava velas acopladas ao seu corpo e executava uma série de movimentos para passar o fogo de uma vela para outra. Já em “Criaturas”, Groisman e sua parceira utilizavam equipamentos conectados a eletricidade, de modo que quando encostavam um no outro faziam as lâmpadas acenderem.

Junto com seu trabalho de performance, o artista também passou a criar obras de arte de engajamento coletivo, dizendo que as relações interpessoais era o que havia de mais revelador. Dentre as suas obras-jogo coletivas estão: Polvo, Maquina de Desenhar, Sirva-se, Risco, etc. Uma destas obras foi premiada pelo programa Rumos 2018 do Itaú Cultural, a obra Risco#32, que o artista intenta ter condições de realizar no ano que vem. Trata-se de uma máquina de grande dimensões para ser manipulada por 32 pessoas simultaneamente, com o propósito de fazerem juntas um simples desenho num papel.

Seria apenas uma coincidência que, assim como o lápis da obra Risco precisa de 32 participantes para riscar um desenho sobre o papel, agora a própria salvação de Groisman dependa também de uma união e engajamento coletivo ?

Contato Michel: (024) 98823 1659 michelgroisman@gmail.com.br Jonathan Nunes: (021) 97286 4061 producao@raulmourao.com

O catálogo com as obras do leilão pode ser conferido no site clique aqui.

São mais de 70 artistas participando, entre eles: Adriana Tabalipa, Adriana Varejão, Adriano Motta, Afonso Tostes, Alexandre Vogler, Amador Perez, Amalia Giacomini, Ana Holck, André Alvim, Angelo Venosa, Arnaldo Antunes, Arjan Martins, Barrão, Beatriz Berman, Bob N, Brígida Baltar, Bruno Miguel,Cabelo, Cadu, Carla Zaccagnnini, Carlos Bevilacqua, Celina Portela, Chiara Banfi, Cildo Meireles, Claudia Hersz, Duca Bretz, Eduardo Berliner, Elvis Almeida, emeric Marcier, Enrica Bernardeli, Ernesto Neto, Fabio Delduque, Fayga Ostrower, Felipe Barbosa, Fernanda Gomes, Fernando de la Rocque, Fernando Vilela, FErnando Zenshô, Franklin Cassaro, Gabriela Duvivier, Gê Orthof, Gianguido Bonfanti, Gisele Camargo, Guilherme Teixeira, Guga Ferraz, Gustavo Speridião, João Modé, José Damasceno, José Rufino, Laura Lima, Livia Flores, Lucia Koch, Lucia Laguna, Luiz Zerbini, Luiza Baldan, Luiza Marcier, Luiza Baldan, Luiz Zerbini, Marcius Galan, Marcos Chaves, Maria Lynch, Maria Nepomuceno, Mariana Manhães, Martha Niklaus, Matheus Rocha Pitta, Mauro Espíndola, Michel Groisman, Monica Barki, Nadam Guerra, Opavivará!, Paulo Vivacqua, Pedro Varela, Pedro Paulo Domingues, Raul Mourão, Ricardo Basbaum, Ricardo Ventura, Roberto Magalhães, Rodrigo Torres, Stela Barbieri, Suzana Queiroga, Tatiana Grinberg, Thereza Salazar, Tobias Marcier, Valéria Scornaienchi, Vicente de Mello, Vivian Cacuri, Walter Bretz.

LINKS DE PERFORMANCES DE MICHEL GROISMAN “Transferencia” em NY “Maquina de Desenhar” na Tate Modern “Sirva-se” no TBA Festival “Risco” nas Cavalariças

Michel Groisman Em seu processo de criação, Michel Groisman integra diferentes campos: artes visuais, dança, jogos, arte interativa, engenharia, relações interpessoais, etc. Foi contemplado com bolsas e prêmios: Rioarte (2004), Vitae (2002) e Uniarte da Faperj (2000), Programa Rumos Artes Visuais (1999), Rumos Dança (2009), e Rumos 2018; Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna 2014, 8o Salão da Bahia (2001), e Prêmio “O Artista Pesquisador” do MAC de Niterói (2001), entre outros. Seu trabalho vem sendo mostrado em museus e festivais ao redor do mundo: MoMA (New York, 2014); Worlds Together Conference, Tate Modern (Londres, 2012); Festival Temps D’Image (Paris, 2012); Lig Art Hall (Coreia do Sul, 2012); PS 122 (New York, 2011); 29a Bienal de São Paulo (2010); Centro de Arte Reina Sofia (Madri, 2008); Festival In Transit the Berlim Lab (Alemanha, 2001 e 2006); Don’t Call It Performance, El Museo Del Barrio (New York, 2004); “Tempo”, MOMA (New York, 2001); Festival de La Batiê (Geneva, 2002); II Bienal de Lima (Peru, 2000); e Encontros Acarte (Lisboa, 2000), entre outros.

Michel começou a desenvolver equipamentos corporais quando frequentava a faculdade de música, onde se formou como professor. Nesta época descobriu que podia inventar seus próprios instrumentos, e que estes não precisavam ser musicais, podiam ser instrumentos de todo tipo, desde que servissem para uma auto-investigação de si mesmo e para a interação com o outro.


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